Colado à janela levo a companhia do sol que vai aquecendo todos os seres mais ou menos inanimados mais ou menos seguros pela gravidade emanada das profundezas do solo que vão palmilhando desde a alvorada. As gotas de orvalho suspensas nos braços descascados das árvores geometricamente separadas há muito que se eclipsaram. Os raios de luz que transpõem a massa gasosa que define a forma esférica do planeta deixam-me num estado febril que a custo vou resistindo para não me deixar levar pelo sono provocado. Como que reagindo à hipnose giro a cabeça para a janela oposta e avisto uma encosta forrada por um manto verde e castanho respectivamente pintado pela diversidade de plantas e pela vegetação amadurecida que um par de cavalos brancos vai consumindo em saudável competição. Este cenário preenche quase toda a janela, deixando espaço apenas o suficiente para se ver que o céu está azul vivo riscado de sangue branco que as passarolas (como diz Saramago no seu Memorial do Convento) a motor provocam ao rasgá-lo sem dó nem piedade a velocidade estonteante. O mesmo céu que se reflecte no rio, entretanto emergente na paisagem, cruzado por duas pontes que apresentam duas eras na construção, a do ferro e a do betão, no meio das quais um solitário pescador no seu barco suspenso sobre as águas pacíficas, esperando irredutivelmente que alguém morda o anzol, vê a imagem dos seus olhos ser devolvida pelo frio espelho e, através dos quais, o reflexo de todo o cenário que aqui se vê transcrito num pequeno excerto, consciente que está quem escreve de que seria um desafio tão exequível descrever tudo o que vê como conseguir esconder-se da sua própria sombra...
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Os olhos do próximo são o melhor espelho
Imóvel no meu banco relativamente confortável, relativamente é uma palavra bem empregue porque, para o que quer que seja, encontramos sempre algo nos intervalos adjacentes inferior e superior numa escala que, por si só, já é bastante subjectiva.
Colado à janela levo a companhia do sol que vai aquecendo todos os seres mais ou menos inanimados mais ou menos seguros pela gravidade emanada das profundezas do solo que vão palmilhando desde a alvorada. As gotas de orvalho suspensas nos braços descascados das árvores geometricamente separadas há muito que se eclipsaram. Os raios de luz que transpõem a massa gasosa que define a forma esférica do planeta deixam-me num estado febril que a custo vou resistindo para não me deixar levar pelo sono provocado. Como que reagindo à hipnose giro a cabeça para a janela oposta e avisto uma encosta forrada por um manto verde e castanho respectivamente pintado pela diversidade de plantas e pela vegetação amadurecida que um par de cavalos brancos vai consumindo em saudável competição. Este cenário preenche quase toda a janela, deixando espaço apenas o suficiente para se ver que o céu está azul vivo riscado de sangue branco que as passarolas (como diz Saramago no seu Memorial do Convento) a motor provocam ao rasgá-lo sem dó nem piedade a velocidade estonteante. O mesmo céu que se reflecte no rio, entretanto emergente na paisagem, cruzado por duas pontes que apresentam duas eras na construção, a do ferro e a do betão, no meio das quais um solitário pescador no seu barco suspenso sobre as águas pacíficas, esperando irredutivelmente que alguém morda o anzol, vê a imagem dos seus olhos ser devolvida pelo frio espelho e, através dos quais, o reflexo de todo o cenário que aqui se vê transcrito num pequeno excerto, consciente que está quem escreve de que seria um desafio tão exequível descrever tudo o que vê como conseguir esconder-se da sua própria sombra...
Colado à janela levo a companhia do sol que vai aquecendo todos os seres mais ou menos inanimados mais ou menos seguros pela gravidade emanada das profundezas do solo que vão palmilhando desde a alvorada. As gotas de orvalho suspensas nos braços descascados das árvores geometricamente separadas há muito que se eclipsaram. Os raios de luz que transpõem a massa gasosa que define a forma esférica do planeta deixam-me num estado febril que a custo vou resistindo para não me deixar levar pelo sono provocado. Como que reagindo à hipnose giro a cabeça para a janela oposta e avisto uma encosta forrada por um manto verde e castanho respectivamente pintado pela diversidade de plantas e pela vegetação amadurecida que um par de cavalos brancos vai consumindo em saudável competição. Este cenário preenche quase toda a janela, deixando espaço apenas o suficiente para se ver que o céu está azul vivo riscado de sangue branco que as passarolas (como diz Saramago no seu Memorial do Convento) a motor provocam ao rasgá-lo sem dó nem piedade a velocidade estonteante. O mesmo céu que se reflecte no rio, entretanto emergente na paisagem, cruzado por duas pontes que apresentam duas eras na construção, a do ferro e a do betão, no meio das quais um solitário pescador no seu barco suspenso sobre as águas pacíficas, esperando irredutivelmente que alguém morda o anzol, vê a imagem dos seus olhos ser devolvida pelo frio espelho e, através dos quais, o reflexo de todo o cenário que aqui se vê transcrito num pequeno excerto, consciente que está quem escreve de que seria um desafio tão exequível descrever tudo o que vê como conseguir esconder-se da sua própria sombra...
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