O ar cosmopolita com que se depara quem entra nos principais bairros londrinos pode bem ser o click para se desfrutar plenamente de uma estadia mais ou menos demorada por esta cidade que também é special one.
Há um sem número de aspectos que se podem destacar pela positiva como sejam a limitação do tráfego automóvel que permite às ruas pintarem-se de vermelho dos double decks e negro dos táxis castiços (embora algo adulterados pela publicidade em que até o Allgarve participa); a funcional rede de metro e comboio que chegam a todo o lado a preços acessíveis; a qualidade de vida que se respira de que são exemplos os enormes e bem zelados espaços verdes habitados por frondosas árvores que abrigam esquilos e quem mais o pretender; os fins de tarde descontraídos, pára-se num pub e bebe-se uma cerveja por entre dois ou mais dedos de conversa...
Mas nem tudo são rosas cor de rosa como a da nossa Ana Moura, por exemplo a face escura e degradante de bairros limítrofes próprios de uma grande metrópole; alguma degradação e lixo acumulado em algumas estações do metro; o Thames parece não ter a mesma sorte dos jardins e monumentos pois recebe o que não pede e leva com continuadas construções demasiado em cima das suas águas - quem sabe um dia ainda se revolta...
Entre o que se destaca pela positiva e pela negativa há espaço para surpresas. Para mim em particular destaco Greenwich, com magníficas vistas para o rio e a cidade, do alto da sua encosta relvada, a sensação de estar com um pé de cada lado do Mundo, dividido pelo meridiano que nos orienta o relógio.
E finalmente um apontamento digno de um verdadeiro sortudo, o tempo esplendoroso que encontrei contrariando as habituais expectativas que pairam no ar quando se diz I'm going to London...